Bate-papos
terça-feira, 13 de março de 2018
"É preciso terem uma grande coordenação para conseguirem cuidar de três crianças tão pequenas!"
Volta e meia mandam-nos estas frases/perguntas maravilhosas! Bem, já não me lembro se foi bem assim (porque a minha cabeça agora só retém mesmo o que é importante), mas foi mais ou menos isto! E não sei bem o que é que a pessoa queria dizer, efetivamente... porque o ar com que proferiu a frase foi um tanto ou quanto duvidoso...
Por isso não percebi se estava a querer elogiar, ou seja se éramos uma espécie de super-hérois; ou se estava a querer dizer que éramos loucos!
Estive quase para convidar a pessoa a ir lá passar uns dias a casa para ver como era!
Mas, se nos coordenamos? Se combinamos eu faço isto tu fazes aquilo? Não! Não, planeamos nada!
Nada de nada.
Se as coisas funcionam? Funcionam. Cada um de nós sabe que há para fazer, por isso basta pormos mão à obra.
Se eu estou a fazer o jantar, o pai está a tomar conta deles. E tomar conta vai desde entretê-los criando alguma ordem nas brincadeiras. (Os gémeos são dois rapazes, facilmente perdem ordem nas brincadeiras!)
Se um está a arrumar a cozinha, o outro está a preparar os Três para os deitar!
É claro que nem sempre estamos os dois com eles. Por isso temos de arranjar estratégias para que se entretenham enquanto estamos a fazer qualquer coisa em casa, se um de nós tiver que ficar sozinho com os Três!
Valem-nos o Canal Panda e o Disney Júnior!
Valem-nos os puzzles, que eles adoram fazer, nomeadamente o Santiago que é mais concentrado... e a plasticina, que o Salvador adora moldar!
Valem-nos os legos e os livros de pinturas, todos rabiscados!
Muitas vezes instala-se um pequeno caos por toda a casa... o que significa os brinquedos todos espalhados!
Mas, até à data, nunca tivemos paredes pintadas, nem sofás rabiscados, a farinha ou o açúcar entornado!
Sem dúvida alguma, é uma casa com vida!
❤
Volta e meia mandam-nos estas frases/perguntas maravilhosas! Bem, já não me lembro se foi bem assim (porque a minha cabeça agora só retém mesmo o que é importante), mas foi mais ou menos isto! E não sei bem o que é que a pessoa queria dizer, efetivamente... porque o ar com que proferiu a frase foi um tanto ou quanto duvidoso...
Por isso não percebi se estava a querer elogiar, ou seja se éramos uma espécie de super-hérois; ou se estava a querer dizer que éramos loucos!
Estive quase para convidar a pessoa a ir lá passar uns dias a casa para ver como era!
Mas, se nos coordenamos? Se combinamos eu faço isto tu fazes aquilo? Não! Não, planeamos nada!
Nada de nada.
Se as coisas funcionam? Funcionam. Cada um de nós sabe que há para fazer, por isso basta pormos mão à obra.
Se eu estou a fazer o jantar, o pai está a tomar conta deles. E tomar conta vai desde entretê-los criando alguma ordem nas brincadeiras. (Os gémeos são dois rapazes, facilmente perdem ordem nas brincadeiras!)
Se um está a arrumar a cozinha, o outro está a preparar os Três para os deitar!
É claro que nem sempre estamos os dois com eles. Por isso temos de arranjar estratégias para que se entretenham enquanto estamos a fazer qualquer coisa em casa, se um de nós tiver que ficar sozinho com os Três!
Valem-nos o Canal Panda e o Disney Júnior!
Valem-nos os puzzles, que eles adoram fazer, nomeadamente o Santiago que é mais concentrado... e a plasticina, que o Salvador adora moldar!
Valem-nos os legos e os livros de pinturas, todos rabiscados!
Muitas vezes instala-se um pequeno caos por toda a casa... o que significa os brinquedos todos espalhados!
Mas, até à data, nunca tivemos paredes pintadas, nem sofás rabiscados, a farinha ou o açúcar entornado!
Sem dúvida alguma, é uma casa com vida!
❤
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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Sempre fui adepta de não lhes esconder nada e tentar explicar as coisas da vida exatamente como elas são. Dizer sempre a verdade, por mais que seja difícil.
Ora o tema da morte surgiu assim do nada numa conversa informal à mesa... através do Salvador.
Disse: "Mãe quando eu for grande tu vais às minhas casas (para quem não sabe o meu filho vai ser rico e vai ter imensas casas!😁) e eu vou dar-te miminhos e conto uma história para tu adormeceres, está bem".
E eu respondi "A sério filho, quando mãe for velhinha tu contas uma história à mãe para a mãe dormir?"
E o semblante dele mudou... Ficou muito sério e começou a choramingar: "Eu não quero que tu fiques velhinha... Se tu ficares velhinha vais deixar-me e morrer. Eu não quero que tu me deixes. Eu não que tu morras!"
Abracei-o de imediato com toda a força que tinha e disse-lhe que a mãe nunca o ia vai deixar, mas que ele ia crescer como a mãe e o pai e que depois a mãe e o pai iriam ficar velhinhos...
Tentei mudar de assunto para que não ficasse a matutar naquilo!
Como se explica uma coisa tão terrível a uma criança tão pequena?
É a lei da vida, bem sei! Mas se até eu que já sou adulta, tenho um medo apavorante, terrível mesmo, chego mesmo a entrar em pânico, só de imaginar de que a qualquer momento possa acontecer algo tão hediondo aos meus, como é que uma criança quase a fazer os quatros anos de idade lida com um assunto destes?
Acho que chegou a fase das perguntas e conversas difíceis... tenho que me preparar melhor para este tipo de abordagens!
❤
Ora o tema da morte surgiu assim do nada numa conversa informal à mesa... através do Salvador.
Disse: "Mãe quando eu for grande tu vais às minhas casas (para quem não sabe o meu filho vai ser rico e vai ter imensas casas!😁) e eu vou dar-te miminhos e conto uma história para tu adormeceres, está bem".
E eu respondi "A sério filho, quando mãe for velhinha tu contas uma história à mãe para a mãe dormir?"
E o semblante dele mudou... Ficou muito sério e começou a choramingar: "Eu não quero que tu fiques velhinha... Se tu ficares velhinha vais deixar-me e morrer. Eu não quero que tu me deixes. Eu não que tu morras!"
Abracei-o de imediato com toda a força que tinha e disse-lhe que a mãe nunca o ia vai deixar, mas que ele ia crescer como a mãe e o pai e que depois a mãe e o pai iriam ficar velhinhos...
Tentei mudar de assunto para que não ficasse a matutar naquilo!
Como se explica uma coisa tão terrível a uma criança tão pequena?
É a lei da vida, bem sei! Mas se até eu que já sou adulta, tenho um medo apavorante, terrível mesmo, chego mesmo a entrar em pânico, só de imaginar de que a qualquer momento possa acontecer algo tão hediondo aos meus, como é que uma criança quase a fazer os quatros anos de idade lida com um assunto destes?
Acho que chegou a fase das perguntas e conversas difíceis... tenho que me preparar melhor para este tipo de abordagens!
❤
sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Não, por incrível que pareça não são as manhãs. Essas até correm bem tirando uma exceção ou outra.
São mesmo as noites. E não graças a Deus não é o durante... é só o início.
Adormecer os gémeos é sempre uma tarefa que deixa apreensiva, nervosa, angustiada e extremamente desaurida, se é que assim posso dizer. Isto, porque é um custo adormecê-los!
Tem dias que se torna mesmo numa luta desesperante, entre nós e eles.
Tem quase quatro anos de idade e ainda hoje tem que ficar um de nós (eu ou o pai) no quarto com eles para que adormeçam e mesmo assim demoram imenso tempo!
Já experimentamos tudo e mais alguma coisa uma canção de embalar, ficar cinco minutos a fazer festinhas, deixar uma luz de presença ligada, dar banho depois de jantar para que fiquem moles, luzes giratórias... nada resulta!
E sim contar uma ou várias histórias, também! Só que enquanto estamos a contar a história fazem mil e uma perguntas sobre a própria história, que até a mim que dá vontade de rir!
A rotina é sempre a mesma:
Santiago: "Esqueci do meu macaco. Onde está o meu macaco?" - Dorme sempre com um macaco e um Óó, que adora desde bebé.
Salvador: "E o meu Tigre? Quero o meu tigre!" - Já a começar a choramingar.
Santiago: "Ai, esqueci de fazer de xixi!"
Eu: "Salvador, vai fazer xixi, também, para não fazeres na fralda." - Ainda usa a fralda da noite e acho que só vou conseguir tirá-la quando a Baby C deixar as fraldas.
Santiago: "Quero dá-te um beijinho."
Salvador: "Quero leitinho no biberão."
Santiago: "Também quero." - E depois não bebem...(grrrrrr) 😤
Eu: "Não, não há leitinho, se não fazem chichi na cama." - Houve umas vezes que lhes fizemos a vontade e, duas vezes seguidas, o Santiago, que já não usa fraldas, fez chichi na cama.
Salvador: "Mãe, quero dizer-te um segredo." - E depois inventa qualquer coisa baixinho ao meu ouvido.
Santiago: "Também quero dizer-te um segredo." - E inventa também qualquer para dizer baixinho ao meu ouvido.
Salvador: "Quero água."
Santiago: "Dói a minha barriga."
Salvador: "Quero a tua orelha." - Tem o tique de mexer nas orelhas para adormecer.
Santiago: "Não vais embora, não? Ficas aqui comigo?" - E eu, ou o pai, deitamos-nos no chão ao lado da cama do Santiago, em cima do tapete, recostados nos peluches deles.
Salvador: "Mãe, anda pó meu lado."
Santiago: "Não fica ao pé de mim."
Eu: "Hoje fico ao pé do Santiago, amanhã fico ao pé do Salvador. Pode ser?"
Santiago: "Dás-me a tua mão, mãe?"
Eu: "Filho, não posso se não o mano também quer".
Salvador: "Dás-me um livro, mãe?"
Santiago: "Quero o meu carro do Blaze e do Pickle." - São os bonecos animados que adora.
Salvador: "Também quero um carro." - E demora imenso tempo a escolher.... (grrrrrrr) 😤
Santiago: "Quero o livro dos animais." - E demora também imenso tempo a escolher o livro.
Eu: "Não há brinquedos nem livros para ninguém. Fechem os olhinhos e durmam!" - Já em estado de desespero e com a voz alterada. 😤😤😤
Às vezes estamos mais de meia hora nesta luta com eles a inventarem tudo e mais alguma coisa para não dormirem e para nós (eu ou o pai) não sairmos do quarto.
Se eu ou o pai optamos por sair do quarto, começam na converseta e na brincadeira e por conseguinte na risota... Às vezes vamos lá espreitar e dá-nos vontade de rir também, e pensamos muitas vezes que deve ser muito bom ter um irmão gémeo!
Até adormeceram ficam ainda a falar baixinho. Dão mil e uma voltas, não sei quantas cabeçadas na cabeceira das camas, até finalmente caírem de maduros no sono profundo. E só os conseguimos tapar depois de adormecerem.
Com estas voltas todas, posso vos dizer que nunca consigo que adormeçam antes das 10h30 e têm dias em que este horário se prolonga mais um pouco, confesso. Sendo que acordam por volta das 7h30 durante a semana. Não sei se será tempo suficiente para descansarem. A verdade é que ainda dormem a sesta no colégio. E as educadoras garantem-me que dormem entre duas a três horas, o que perfaz um total de 10 a 12 horas por dia.
É claro que enquanto um está adormecer os gémeos o outro está com a Baby C que tem o tique das mãos. Adormece agarrada às nossas mãos a mexer nas cutículas das nossas unhas!
Ao fim de semana tentámos que façam também a sesta para reporem o sono... e aí chegam a estar entre três a quatro horas a dormir.
Tenho noção de que se tivéssemos só um filho, esta tarefa era muito mais fácil (um dia faço um post sobre as diferenças entre ter só um filho e ter dois ou mais, porque se até à data não notei diferença, agora posso dizer-vos que vejo grandes diferenças). Tenho esperança de que para o ano a coisa acalme, uma vez que vão deixar de dormir a sesta no colégio.
❤
São mesmo as noites. E não graças a Deus não é o durante... é só o início.
Adormecer os gémeos é sempre uma tarefa que deixa apreensiva, nervosa, angustiada e extremamente desaurida, se é que assim posso dizer. Isto, porque é um custo adormecê-los!
Tem dias que se torna mesmo numa luta desesperante, entre nós e eles.
Tem quase quatro anos de idade e ainda hoje tem que ficar um de nós (eu ou o pai) no quarto com eles para que adormeçam e mesmo assim demoram imenso tempo!
Já experimentamos tudo e mais alguma coisa uma canção de embalar, ficar cinco minutos a fazer festinhas, deixar uma luz de presença ligada, dar banho depois de jantar para que fiquem moles, luzes giratórias... nada resulta!
E sim contar uma ou várias histórias, também! Só que enquanto estamos a contar a história fazem mil e uma perguntas sobre a própria história, que até a mim que dá vontade de rir!
A rotina é sempre a mesma:
Santiago: "Esqueci do meu macaco. Onde está o meu macaco?" - Dorme sempre com um macaco e um Óó, que adora desde bebé.
Salvador: "E o meu Tigre? Quero o meu tigre!" - Já a começar a choramingar.
Santiago: "Ai, esqueci de fazer de xixi!"
Eu: "Salvador, vai fazer xixi, também, para não fazeres na fralda." - Ainda usa a fralda da noite e acho que só vou conseguir tirá-la quando a Baby C deixar as fraldas.
Santiago: "Quero dá-te um beijinho."
Salvador: "Quero leitinho no biberão."
Santiago: "Também quero." - E depois não bebem...(grrrrrr) 😤
Eu: "Não, não há leitinho, se não fazem chichi na cama." - Houve umas vezes que lhes fizemos a vontade e, duas vezes seguidas, o Santiago, que já não usa fraldas, fez chichi na cama.
Salvador: "Mãe, quero dizer-te um segredo." - E depois inventa qualquer coisa baixinho ao meu ouvido.
Santiago: "Também quero dizer-te um segredo." - E inventa também qualquer para dizer baixinho ao meu ouvido.
Salvador: "Quero água."
Santiago: "Dói a minha barriga."
Salvador: "Quero a tua orelha." - Tem o tique de mexer nas orelhas para adormecer.
Santiago: "Não vais embora, não? Ficas aqui comigo?" - E eu, ou o pai, deitamos-nos no chão ao lado da cama do Santiago, em cima do tapete, recostados nos peluches deles.
Salvador: "Mãe, anda pó meu lado."
Santiago: "Não fica ao pé de mim."
Eu: "Hoje fico ao pé do Santiago, amanhã fico ao pé do Salvador. Pode ser?"
Santiago: "Dás-me a tua mão, mãe?"
Eu: "Filho, não posso se não o mano também quer".
Salvador: "Dás-me um livro, mãe?"
Santiago: "Quero o meu carro do Blaze e do Pickle." - São os bonecos animados que adora.
Salvador: "Também quero um carro." - E demora imenso tempo a escolher.... (grrrrrrr) 😤
Santiago: "Quero o livro dos animais." - E demora também imenso tempo a escolher o livro.
Eu: "Não há brinquedos nem livros para ninguém. Fechem os olhinhos e durmam!" - Já em estado de desespero e com a voz alterada. 😤😤😤
Às vezes estamos mais de meia hora nesta luta com eles a inventarem tudo e mais alguma coisa para não dormirem e para nós (eu ou o pai) não sairmos do quarto.
Se eu ou o pai optamos por sair do quarto, começam na converseta e na brincadeira e por conseguinte na risota... Às vezes vamos lá espreitar e dá-nos vontade de rir também, e pensamos muitas vezes que deve ser muito bom ter um irmão gémeo!
Até adormeceram ficam ainda a falar baixinho. Dão mil e uma voltas, não sei quantas cabeçadas na cabeceira das camas, até finalmente caírem de maduros no sono profundo. E só os conseguimos tapar depois de adormecerem.
Com estas voltas todas, posso vos dizer que nunca consigo que adormeçam antes das 10h30 e têm dias em que este horário se prolonga mais um pouco, confesso. Sendo que acordam por volta das 7h30 durante a semana. Não sei se será tempo suficiente para descansarem. A verdade é que ainda dormem a sesta no colégio. E as educadoras garantem-me que dormem entre duas a três horas, o que perfaz um total de 10 a 12 horas por dia.
É claro que enquanto um está adormecer os gémeos o outro está com a Baby C que tem o tique das mãos. Adormece agarrada às nossas mãos a mexer nas cutículas das nossas unhas!
Ao fim de semana tentámos que façam também a sesta para reporem o sono... e aí chegam a estar entre três a quatro horas a dormir.
Tenho noção de que se tivéssemos só um filho, esta tarefa era muito mais fácil (um dia faço um post sobre as diferenças entre ter só um filho e ter dois ou mais, porque se até à data não notei diferença, agora posso dizer-vos que vejo grandes diferenças). Tenho esperança de que para o ano a coisa acalme, uma vez que vão deixar de dormir a sesta no colégio.
❤
segunda-feira, 24 de julho de 2017
No outro dia fiquei tão envergonhada e percebi que a culpa foi somente minha!
Passo a explicar:
Estávamos nós na praia a brincar à beira de água com os brinquedos todos espalhados e aproximou-se uma menina, que pegou numa pá ou num balde (já não sei precisar) dos gémeos.
O Salvador que é muito afoito disse logo, muito espontaneamente, em voz alta: "Mãe aquela menina roubou o meu binquedo!"
A palavra que utilizou chocou-me o coração... ainda mais porque a menina, que devia ter uns seis /sete anos, estava ao pé do pai que ouviu e claro apressou-se logo a dizer: "Ela não roubou, só que ela não sabe falar para pedir emprestado".
Fiquei sem saber o que responder ao meu filho que ficou a olhar para a menina.
Como foi tudo tão rápido, não me apercebi do aproximar da menina, nem que ela tinha pegado em algo dos gémeos, e muito menos de que era uma menina diferente.
Quando me dei conta apressei-me a responder ao meu filho "A menina pediu emprestado, tu é que não ouviste!"
Pedi desculpa ao pai da menina e disse para a deixar brincar ao pé de nós, porque me pareceu que a menina queria interagir com os gémeos.
O pai da menina sorriu, agradeceu e disse que já estavam a arrumar as coisas para ir embora da praia.
Mas a culpa foi minha e só minha. Isto porque às vezes estamos na brincadeira e eu digo-lhes "ahaha roubei o teu tigre" e fujo! Acho que não o fiz muitas vezes, mas devo-o ter feito duas ou três vezes! E ele captou exatamente o sentido daquela palavra e naquela situação aplicou-o!
Fui eu que lhes ensinei a palavra e o que ela significa!
Agora, nas nossas brincadeiras sem sentido tenho-me corrigido e em vez de "roubei" digo "tirei"!
É evidente que a menina não roubou nada. São crianças e na praia pegam nas pás nos baldes e afins uns dos outros por curiosidade, porque lhes chama a atenção... ou porque acham sempre que os dos outros são mais giros, apesar de até serem iguais!
Passo a explicar:
Estávamos nós na praia a brincar à beira de água com os brinquedos todos espalhados e aproximou-se uma menina, que pegou numa pá ou num balde (já não sei precisar) dos gémeos.
O Salvador que é muito afoito disse logo, muito espontaneamente, em voz alta: "Mãe aquela menina roubou o meu binquedo!"
A palavra que utilizou chocou-me o coração... ainda mais porque a menina, que devia ter uns seis /sete anos, estava ao pé do pai que ouviu e claro apressou-se logo a dizer: "Ela não roubou, só que ela não sabe falar para pedir emprestado".
Fiquei sem saber o que responder ao meu filho que ficou a olhar para a menina.
Como foi tudo tão rápido, não me apercebi do aproximar da menina, nem que ela tinha pegado em algo dos gémeos, e muito menos de que era uma menina diferente.
Quando me dei conta apressei-me a responder ao meu filho "A menina pediu emprestado, tu é que não ouviste!"
Pedi desculpa ao pai da menina e disse para a deixar brincar ao pé de nós, porque me pareceu que a menina queria interagir com os gémeos.
O pai da menina sorriu, agradeceu e disse que já estavam a arrumar as coisas para ir embora da praia.
Mas a culpa foi minha e só minha. Isto porque às vezes estamos na brincadeira e eu digo-lhes "ahaha roubei o teu tigre" e fujo! Acho que não o fiz muitas vezes, mas devo-o ter feito duas ou três vezes! E ele captou exatamente o sentido daquela palavra e naquela situação aplicou-o!
Fui eu que lhes ensinei a palavra e o que ela significa!
Agora, nas nossas brincadeiras sem sentido tenho-me corrigido e em vez de "roubei" digo "tirei"!
É evidente que a menina não roubou nada. São crianças e na praia pegam nas pás nos baldes e afins uns dos outros por curiosidade, porque lhes chama a atenção... ou porque acham sempre que os dos outros são mais giros, apesar de até serem iguais!
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